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A análise da deformação do ventrículo direito melhora o diagnóstico e a estratificaçãode risco em pacientes com amiloidose cardíaca por transtirretina

  • DIC
  • 30 de out. de 2024
  • 2 min de leitura

Título original: Right Ventricular Strain Improves the Echocardiographic Diagnosis and Risk

Stratification of Transthyretin Cardiac Amyloidosis Among Other Phenotypes of Left Ventricular Hypertrophy


Autores: Benay Ozbay, MD, Bharadwaj S. Satyavolu, MD, Corey Rearick, MD, Prem Soman, MD, PhD, William E. Katz, MD, Ahmet Sezer, PhD, and Leyla Elif Sade, MD



Data de Publicação: outubro de 2024


Objetivo: Avaliar a hipótese de que a análise da deformação longitudinal da parede livre do

ventrículo direito pela ecocardiografia melhora o diagnóstico e a estratificação de risco em

pacientes com Amiloidose Cardíaca por transtirretina.


Métodos: Estudo unicêntrico retrospectivo que avaliou 108 indivíduos com amiloidose

cardíaca (AC) por transtirretina e 106 indivíduos com hipertrofia ventricular esquerda. Foram

excluídos da análise pacientes com AC por cadeia leve de imunoglobulinas (n= 15), próteses valvares (n= 6), marcapasso (n= 7), miocardiopatia hipertrófica obstrutiva (n= 10).

Um exame ecocardiográfico completo foi realizado, incluindo a avaliação da deformação longitudinal do ventrículo esquerdo (VE), do átrio esquerdo (AE) e da parede livre do ventrículo direito (VD). A cintilografia miocárdica com pirofosfato foi realizada seguindo recomendações da Sociedade Americana de Medicina Nuclear. Os pacientes foram seguidos por um período de 5 anos, avaliando eventos cardiovasculares e cerebrovasculares graves, incluindo mortalidade por todas as causas, hospitalização por doenças cardíacas e acidente vascular cerebral.


Resultados: O diagnóstico de AC por transtirretina foi confirmado em 108 indivíduos. A

mediana da duração do exame de Cintilografia até a ecocardiografia foi de 2,5 meses (intervalo interquartil 0,4-9 meses). Cento e seis indivíduos foram avaliados como grupo controle. Não houve diferença estatística significativa nos níveis de peptídeo natriurético tipo B e troponina I entre os grupos. A análise da deformação longitudinal do VE foi exequível em 99% dos indivíduos (n= 212), da parede livre do VD em 93% (n= 201) e do AE em 96% (n= 206). Pacientes com AC-ATTR exibiram idade mais avançada, predominância do sexo masculino e valores mais reduzidos de fração de ejeção do VE, da fração de ejeção do AE, do TAPSE, velocidade e, deformação longitudinal do VE, deformação da parede livre do VD.

As variáveis ​​ecocardiográficas que diferiram entre AC e o grupo controle foram testados

quanto à sua acurácia para a detecção de AC. Quase todas foram preditores univariados

significativos de AC. Os parâmetros mais relevantes associados ao diagnóstico de AC foram utilizados para construir um modelo de regressão logística.


A deformação da parede livre do VD foi independentemente associada ao diagnóstico de AC após ajuste para parâmetros ecocardiográficos clássicos. Eventos adversos cardiovasculares e cerebrovasculares graves ocorreram em 47 pacientes com AC (28 hospitalizações por insuficiência cardíaca, 4 acidentes vasculares cerebrais, 15 mortes), durante o seguimento (38 meses). A deformação da parede livre do VD ≥-16% foi associada a um risco 3 vezes maior de eventos graves em pacientes com AC, independentemente da idade, comorbidades, peptídeo natriurético tipo B e tratamento com tafamidis. A deformação da parede livre do VD apresentou valor incremental ao valor da fração de ejeção do VE para estratificação de risco.


Conclusão: Em estudo unicêntrico a análise da deformação longitudinal da parede livre do VD demonstrou valor incremental para o diagnóstico e estratificação de risco de pacientes com amiloidose cardíaca por transtirretina.


Revisor: Antonio Carlos Leite de Barros Filho

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