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Estratificação do Risco Arrítmico por Ressonância Magnética Cardiovascular em Pacientes com Cardiomiopatia Não Isquêmica



Título original: "Arrhythmic Risk Stratification by Cardiovascular Magnetic Resonance Imaging in Patients With Nonischemic Cardiomyopathy"


Autores: Daniel J. Hammersley, PHD, Abbasin Zegard, MBBS, Emmanuel Androulakis, PHD, Richard E. Jones, PHD, Osita Okafor, MD, Suzan Hatipoglu, MD, Lukas Mach, MD, Amrit S. Lota, PHD, Zohya Khalique, MD, Antonio de Marvao, PHD, Ankur Gulati, PHD, Resham Baruah, PHD, Kaushik Guha, MD, James S. Ware, PHD, Upasana Tayal, PHD, Dudley J. Pennell, MD, Brian P. Halliday, PHD, Tian Qiu, PHD, Sanjay K. Prasad, MD, Francisco Leyva, MD.


Referência: Journal of the American College of Cardiology, https://doi.org/10.1016/j.jacc.2024.06.046.


Data de publicação: In press (disponível online em junho de 2024).

 

Objetivo: O estudo procurou determinar se a fibrose miocárdica total (FT) e a zona cinzenta relacionada a fibrose (ZC), avaliadas por ressonância magnética cardiovascular (RMC), são melhores do que a fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) para prever arritmias ventriculares em pacientes com cardiomiopatia não isquêmica (MCPNI).


Métodos: Pacientes com MCPNI em uma coorte de derivação (n = 866) e uma coorte de validação (n = 848) passaram por quantificação de FT e ZC. O desfecho primário composto foi morte súbita cardíaca ou arritmias ventriculares (fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular).


Resultados: Na coorte de derivação, o desfecho primário foi alcançado por 52 de 866 pacientes (6,0%) ao longo de uma mediana de acompanhamento de 7,5 anos. Análises de riscos concorrentes indicaram que a fibrose miocárdica avaliada visualmente (FAV) foi um forte preditor do desfecho primário, com uma razão de risco (RR) de 5,83 e intervalo de confiança de 95% (IC) entre 3,15 e 10,8. A categorização das medidas quantificadas de fibrose miocárdica em três grupos de risco revelou que uma fibrose total (FT) maior que 0 g e até 10 g foi associada a um risco intermediário (RR: 4,03; IC 95%: 1,99-8,16), enquanto uma FT maior que 10 g correlacionou-se com o maior risco (RR: 9,17; IC 95%: 4,64-18,1), comparado aos pacientes sem fibrose, que apresentaram o menor risco. Essa categorização em três níveis de risco foi efetivamente aplicada tanto usando FT quanto fibrose em zona cinzenta (ZC) de maneira isolada ou combinada. Em contraste, uma fração de ejeção do ventrículo esquerdo (LVEF) inferior a 35% mostrou-se um fraco preditor do desfecho primário na coorte de validação, com um RR de 1,99 e IC 95% de 0,99 a 4,01.


Conclusão: A fibrose miocárdica avaliada visualmente pela ressonância magnética cardiovascular   é um forte preditor de morte súbita cardíaca e arritmias ventriculares em pacientes com cardiomiopatia não isquêmica. A massa de fibrose e zona cinzenta relacionada a fibrose adicionou valor incremental à avaliação visual. Em contraste, fração de ejeção do ventrículo esquerdo foi um pobre discriminador do risco arrítmico.


 

Revisor: Dr. Ricardo Paulo de Sousa Rocha

 

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