Autores: Bruna Olandoski Erbano, Talita Beithum Ribeiro Mialski, Rodolfo Belz Antoniazzi, Pedro Felipe Gomes Nicz, Wilton Francisco Gomes e Francisco Diniz Affonso da Costa
História Clínica
Homem, 44 anos, pós operatório tardio (2006) de cirurgia de Bentall de Bono (tubo valvado com prótese mecânica aórtica).
2 AVC isquêmicos (2019 e 2024), mesmo com RNI no alvo.
Em investigação de etiologia do 2o AVC, detectou-se no ecocardiograma transesofágico tridimensional: prótese mecânica em posição aórtica duplo disco, com espessura e mobilidade de seus folhetos preservadas. Abertura preservada e 2 mínimos jatos de refluxo centrais. Nota-se imagem sacular, de fundo cego, que tem sua abertura na VSVE logo abaixo do anel protético medindo 2,2mm, e que se direciona para a direita , posteriormente e superiormente, medindo 51x44x24mm. Observa-se fluxo sanguíneo pulsátil em seu interior, embora haja imagens hiperecogênicas aderidas à parede que podem corresponder a trombos organizados. Tal imagem pode corresponder a pseudoaneurisma. Não foi visualizado shunt de saída (fístula) para outra cavidade.
Resultado/Conclusões
Concluiu-se que, na ausência de sinais de trombose da prótese mecânica aórtica, e pela presença de imagens sugestivas de trombo no interior do pseudoaneurisma, com clara comunicação com a VSVE, que é possível que o evento embólico esteja relacionado justamente ao pseudoaneurisma de aorta.
Assim, aguardando-se o devido tempo após o AVC, a programação é de nova cirurgia cardíaca para correção do pseudoaneurisma da raiz aórtica.