História Clínica: Paciente de 88 anos, sexo feminino, com antecedentes pessoais de hipertensão arterial e hipotireoidismo; entrou na unidade de pronto atendimento com história dor torácica tipo A, sendo avaliada como infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST de parede anterior; foi encaminhada à hemodinâmica, com cineangiocoronariografia mostrando oclusão da artéria descendente anterior no seu terço médio/distal, sendo realizado angioplastia com 2 stents farmacológicos. Encaminhada à UTI, onde foi realizado ecocardiograma transtorácico com evidência de acinesia do segmento apical e complicação mecânica com comunicação interventricular (CIV) apical.
Resultado/Conclusões: A paciente evolui nos dias seguintes (19º dia pós IAM) com choque cardiogênico refratário, sendo optado de forma urgente pela oclusão percutânea da CIV, realizada com a prótese numero 18 mm, com bom resultado final. No entanto paciente evolui à óbito nos dias seguintes com refratariedade ao tratamento e disfunção múltipla de órgãos. O cuidado de pacientes com CIV pós IAM é desafiador num cenário onde a morbimortalidade é alta e os dados para tomada de decisão clínica são escassos. O suporte circulatório mecânico pode ter um importante papel nesse cenário como ponte para o tratamento definitivo, minimizando a deterioração hemodinâmica; sendo assim, futuros ensaios clínicos poderiam fornecer recomendações de tratamento mais aprimoradas.
Autores do Caso Clínico: Arthur Cortez Gonçalves, Leônidas Alvarenga Henriques e Thales Siqueira Alves
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